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Trabalhar na Itália: como funciona o contrato de trabalho, salário e direitos

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Mudar-se para a Itália é o sonho de muitos brasileiros — e uma das primeiras perguntas que surgem nesse processo é: como funciona o trabalho por aqui? Entender os tipos de contrato, os direitos garantidos e as obrigações legais é essencial antes de aceitar uma proposta ou começar a procurar emprego.

Se você está se preparando para trabalhar na Itália, este artigo vai te ajudar a compreender o que muda em relação ao Brasil e o que você precisa saber para estar legalmente protegido.



1. Contrato de trabalho na Itália: o que você precisa saber

Na Itália, os contratos de trabalho são regidos pelo Código Civil Italiano e pelos Contratti Collettivi Nazionali di Lavoro (CCNL), que funcionam como convenções coletivas específicas para cada setor (como comércio, indústria, serviços, turismo etc.).

Os principais tipos de contrato são:

  • Tempo indeterminado (contratto a tempo indeterminato): é o mais estável e o mais desejado, pois garante maior proteção ao trabalhador.

  • Tempo determinado (contratto a tempo determinato): tem duração específica, geralmente de 6 a 12 meses, podendo ser renovado dentro dos limites previstos em lei.

  • Tempo parcial (part-time): comum em setores como hotelaria e comércio. O trabalhador tem direitos proporcionais à carga horária.

  • Contrato de estágio ou aprendizagem (tirocinio/apprendistato): voltado a jovens e recém-formados, com regras específicas e remuneração diferenciada.

Em todos os casos, o contrato deve ser formalizado por escrito, descrevendo funções, horário, remuneração e enquadramento no CCNL correspondente.


2. Jornada de trabalho e remuneração

A jornada padrão na Itália é de 40 horas semanais, distribuídas em cinco ou seis dias, dependendo do setor. Horas extras (straordinari) são permitidas, mas precisam ser remuneradas conforme previsto no CCNL da categoria.

O salário na Itália é definido pelos acordos coletivos e varia conforme a função, o setor e a região do país — não existe um salário mínimo nacional fixado por lei, como no Brasil.

Além do salário mensal, o trabalhador italiano pode receber:

  • Tredicesima mensilità (13º salário): pago geralmente em dezembro.

  • Quattordicesima mensilità (14º salário): prevista apenas em alguns setores, paga em junho.

  • Premi di produzione: bônus por produtividade, conforme o contrato coletivo.


3. Direitos trabalhistas e benefícios

Os direitos básicos do trabalhador na Itália incluem:

  • Férias anuais pagas: no mínimo quatro semanas por ano.

  • Descanso semanal: geralmente no domingo, com direito a folga compensatória se trabalhar nesse dia.

  • Baixa médica: garantida com apresentação de atestado, custeada parcialmente pela Previdência (INPS).

  • Licença maternidade e paternidade: com afastamento remunerado conforme regras do INPS.

  • Contribuição previdenciária e seguro-desemprego: descontados automaticamente do salário, dando direito a benefícios futuros.

  • TFR (Trattamento di Fine Rapporto): uma espécie de indenização paga ao final do vínculo trabalhista, calculada sobre todo o período trabalhado.

Esses direitos são válidos para todos os trabalhadores com contrato formal (contratto regolare), sejam italianos ou estrangeiros com permissão legal para trabalhar.


4. Impostos e contribuições

O trabalhador na Itália contribui com uma parte de seu salário para a Previdência Social (INPS) e paga imposto de renda (IRPEF), retido na fonte pelo empregador.Essas contribuições garantem o acesso à aposentadoria, seguro-desemprego, auxílio-doença e outros benefícios do sistema italiano.


5. Documentos necessários para trabalhar legalmente

Para trabalhar na Itália, o estrangeiro precisa ter:

  • Permesso di soggiorno válido com autorização para trabalho;

  • Codice Fiscale (equivalente ao CPF brasileiro);

  • Inscrição no INPS e no INAIL (Previdência e seguro contra acidentes de trabalho, geralmente feitas pelo empregador).

Sem esses documentos, o trabalho é considerado irregular, o que pode gerar problemas sérios tanto para o trabalhador quanto para o contratante.


6. Atenção para quem vem do Brasil

Muitos brasileiros chegam à Itália com o sonho de conseguir um emprego rapidamente, mas acabam aceitando ofertas sem contrato formal ou com condições que não seguem o CCNL.Isso é arriscado — sem contrato, não há garantias de salário, férias, licença médica ou aposentadoria.

Por isso, é fundamental verificar se o contrato é regular, se o empregador está registrado e se todas as cláusulas estão de acordo com a legislação italiana vigente.


7. Planejamento é essencial

Antes de aceitar uma proposta de trabalho ou iniciar sua busca por emprego, é importante entender como o mercado funciona, quais documentos você precisa organizar e se o tipo de permesso di soggiorno que você possui permite o trabalho.

Um bom planejamento pode evitar dores de cabeça e te colocar no caminho certo para uma vida estável e legal na Itália.


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